sábado, 24 de março de 2012

Eles fima nois, nois filma eles...





No Rolê: Dolfy fotógrafo / Minduca da quebrada...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...



No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





No Rolê: Du, Gordão, Digão e Dolfy como fotógrafo...





segunda-feira, 12 de março de 2012

O Rico Mágico e o Almiquimista Pobre

As pessoas ricas se relacionam com o mundo como se fossem mágicas. Como se fossem dotadas de um poder sobrenatural. Ao se aproximarem de uma porta, por exemplo, esta se abre sem que tenha sido tocada ou acionada por qualquer tipo de controle remoto. O mesmo ocorre com as refeições. Ao longo do dia, sem tocar em nada, os ricos veem a transformação dos alimentos, de simples frutas a doces complexos. e o Zé fica convencido de que o rico é o mágico, de que são eles mesmos os responsáveis por todas as transformações.
E as pessoas pobres, da base, do chão da fábrica, observam os ilusionistas exibindo-se e tirando da cartola coelhinhos brancos. Observam os grandes feitos industriais, os carros e computadores e pensa que esse mágico é foda. Estudou pra caramba e depois de muito treino faz a mágica com destreza. E eu que não sei fazer internet, videocassete, uns carro loco... (atrasado eu to um pouco sim. É. Eu acho.)
E vai pra casa pensando que, se fosse mágico, não tinha as mãos cheias de calos, não tinha que apertar parafuso, bater prego, varrer o chão, descascar o amendoim, o abacaxi, digitar nas teclas, guiar o carro, preparar o pão, apertar o botão...
Se fosse mágico, só teria calos na boca e nas partes. Porque defecar e comer é só o que fazem os mágicos, como os bebês.
E essa inveja se confunde com admiração, porque viver com magia, transformando coisas é o sonho do pobre; passa-se então a exaltar os poderosos que tanto fizeram até conquistarem seus postos.
Até que um dia o Zé acorda e percebe que a mágica era só ilusionismo. O Mr. M revelou que era o pobre, de olhos tapados pelos capangas inimigos, quem fazia as transformações.
Percebeu que a mágica não existia – o que havia era trabalho – o seu trabalho – essa alquimia que separa o trigo e o transforma em pão.